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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Diário de um morto



Essa será a única página de um diário idiota proposto por meu médico!


17/10/2011



Geralmente as idiotas começam: Querido diário...  querido por quê? A conversa é inesistente, assim como o companheirismo e o que esse monte de papel pode realmente fazer , além de registra nossos fracassos, desilusões e tristezas...pra isso não preciso dele!
Mas, enfim prometi cooperar, nem sei porquê...talvez o choro de minha mãe, eu queria que ela ficasse calada!!! Diabos...


Vamos lá:

A noite tomo todos os remédios que encontro a fim de aliviar dores físicas e emocionais. Quero dormir e esquecer que mais este dia existiu, e mais, e mais e mais...numa sucessão internimável de despertares para dias malditos. Isso nunca acaba, a dor que nada aplaca ou finda, está lá dentro te sufocando e voc~e tenta em vão respirar, mas não consegue...porque respirar dói, significa que você ainda está aqui.

Por instantes pensamentos, sons, lembranças surgem e cada vez mais a terrivel mão da desesperança nos puxa e a cada instante o espaço entre o ser e deixar de ser diminue.

O líquido doloroso continua a subir e fica mais dificil encontrar um espaço para respirar. Ser está escapando por meus frágeis dedos, que já não suportam escalar os profundos vales de dor para a cada vez voltar.

Talvez ir seja mais sensato e menos doloroso.
Estou cansada!

Espero que este diário de uma página te seja útil, Doc., não escreverei mais nada...escreve aquele que busca e eu cansei de buscar e nada encontrar.


Finito



Ariadne

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